A Direção-Geral do Património Cultural deu início ao procedimento de alteração da área classificada da povoação de Piódão, no concelho de Arganil, e da sua reclassificação para conjunto de interesse nacional/monumento nacional.
Num despacho publicado em Diário da República, o diretor-geral do Património Cultural, João Carlos dos Santos, autoriza a abertura do procedimento de alteração da área classificada daquela localidade, considerada imóvel de interesse público desde 1978.
A povoação, inserida na Serra do Açor, é a única do distrito de Coimbra que integra a Rede das Aldeias Históricas de Portugal, sendo conhecida por “aldeia presépio”. “O processo de classificação é o culminar de um trabalho que estamos a fazer no âmbito da rede das 12 Aldeias Históricas”, salientou o presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa.
Segundo o autarca, “o que está a ser feito é alterar a classificação para passarmos a ter as 12 aldeias com estatuto de monumento nacional ou superior”. “O processo projeta a aldeia do Piódão para outro patamar e a reclassificação abre acesso a alguns fundos para intervenções que são necessárias fazer no conjunto monumental”, declarou ao indicar que vai ainda permitir “disciplinar melhor as intervenções que acontecem no espaço privado e naturalmente a abertura para alguns mecanismos de intervenção, quer no património edificado privado quer no edificado público”.
Para o presidente do Município de Arganil, o estatuto de monumento nacional “confere maior visibilidade, coerência e robustez ao trabalho que andamos a fazer para valorizar o património no Piódão”.
A Rede das Aldeias Históricas de Portugal é integrada pelas aldeias de Castelo Mendo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Piódão e Sortelha, as vilas de Almeida, Belmonte, Castelo Novo, Castelo Rodrigo e Monsanto e a cidade de Trancoso.