É um pintor que recria toda a natureza na elegância das formas, na delícia do convívio com os quadros, que representam, mentalmente, as mil personagens do seu mundo onírico e a satisfação específica que se dilui em mil formas subtis e no dinamismo dos conteúdos.
Pintor que procura sempre as faculdades superiores de criação que há muito se distingue no desenvolvimento das atividades espirituais, como a filosofia, a psicologia, estudando os efeitos das cores, no singular desenho, na vida consciente e no saboroso instinto de criador, nas energias que são, em parte, a consciência biológica dum artista admirável reconhecido no estrangeiro pela crítica competente.
De exposição para exposição, surgem novas roupagens, inventadas, mas não abandonando o seu estilo, o círculo de criação que lhe permite, as perfeitas composições que no século XX obteve vários prémios, menções honrosas, ora na forma clássica ou ora num surrealismo invulgar, numa rara omnimoda na aplicação das tintas no obrar beleza do que seduz, do que prende.
Luís Pimentel é dos mais famosos artistas da pintura ibérica, bem conhecido nas tertúlias e galerias, premiado que atingiu a ideia do belo, conforme Tomás de Aquino.
Considera a pintura como um credo ou a ciência da natureza, tantas vezes, olhando para a tela branca, começando a pintar, num ato inteiramente instintivo.
É ainda encenador de teatro e desenhou vestuário feminino para eventos realizados em Coimbra.
Está representado em galerias, institutos, organismos e coleções particulares.
Ensinou muitos confrades em aulas que tinham o sabor de Sócrates, o grego, em ruas, praças, e teve uma função divinatória de um predestinado.
Foi, simplesmente – e é – um dos mais famosos artistas plásticos de toda a história da função de criar beleza de Coimbra.