(Prosa – Verso)
I
Árvores bonitas, ao céu erguidas,
P´lo Outono acastanhadas, cansadas,
O ano inteiro a trabalhar,
P´rá fotossíntese nos doar.
II
As pessoas dilapidam o seu labor;
No Verão, é a sua devastação com o fogo e o calor,
No Inverno os ciclones atiram-nas ao chão,
As que restam, doentes, morrem de pé,
Pois é,
Com as mulheres e homens consumistas, assim é.
III
O mundo às vezes tem sentido e também parece sem ele,
Desaparecido,
Ambíguo,
Obscuro,
Partido.
Os humanos, assim o fizeram,
Assim o quiseram,
Irracionalmente,
Estupidamente,
Sem coração.
Caminhamos p´ra desertificação.