No ano em que Associação Portuguesa de Imprensa definiu como o Ano Português da Imprensa, iniciaremos as comemorações com o ano dos Jornais Centenários Portugueses, mais de 30 publicações, de norte a sul do País e das ilhas, que se editam ininterruptamente há 100 ou mais anos.

É também em 2017, no mês de março, que “O Despertar” comemora 100 anos de existência, juntando-se assim de modo muito especial a esta celebração da Imprensa.

Importa também referir que, neste grupo de jornais centenários, a maioria é Imprensa Regional, o que mostra a força que estas publicações de proximidade têm no nosso País.

Mais do que um meio de comunicação que tem como principal função informar, é também um elo de ligação sentimental à terra para aqueles que estão longe, em qualquer parte do País ou do estrangeiro, uma forma de saber o que acontece localmente e meio de desenvolvimento económico para as empresas sediadas nessas localidades.

Esta informação de proximidade deve permanecer mas não pode deixar de se modernizar e responder aos novos desafios e enfrentar restrições e dificuldades que podem surgir. Um século de edição é um direito de cidadania e uma responsabilidade cultural.

A Associação Portuguesa de Imprensa quer associar-se a esta evolução dos media e para isso contribui para a transformação e desenvolvimento das empresas dos seus associados, convidando-os a participar em conferências, seminários e ações de formação que tornem possível o desenvolvimento sustentado das empresas jornalísticas.

Como dizia Marguerite Duras, “os jornalistas são os trabalhadores manuais, os operários da palavra. O jornalismo só pode ser literatura quando é apaixonado”, por isso desejo que “O Despertar”, e todos os que nele colaboram, a começar pelo seu proprietário e diretor, continuem com a paixão que o fez chegar aos 100 anos de edições e que continuem com força para inovar e enfrentar os desafios que se colocam ao nosso setor.

JOÃO PALMEIRO (Presidente da Associação Portuguesa de Imprensa)